quarta-feira, 16 de abril de 2008

REVOLTADA COM O TRANSPORTE PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

E-mail enviado no dia 16/04/2008 à CETURB-GV, sobre o que aconteceu na noite do dia 15/04/2008 com a minha pessoa, infelizmente.

Leiam a história toda a fiquem revoltados junto comigo, ok?

Um abraço!

Ly



PARA: (Retirei os endereços apenas para evitar qualquer problema)
ASSUNTO: Usuária revoltada com a falta de respeito no transporte público da Grande Vitória

Boa tarde,

Meu nome é Lilianna, sou funcionária da mantenedora de uma instituição de ensino superior do Espírito Santo e resolvi enviar este e-mail para expressar minha revolta com o que aconteceu na noite de ontem.

Sai do meu trabalho às 23h05min, que fica localizado na Rua Joaquim Leopoldino Lopes, aqui em Consolação, Vitória, ES, em direção ao ponto de ônibus que fica próximo a loja da D&D, na Avenida Vitória. Fui andando rápido por se tratar de um local perigoso neste horário e acredito não ter demorado nem 5 min para chegar ao ponto.

Quando eram mais ou menos 23h18min começou a chover. Passou em 591 (Serra) e um 500 (Vila Velha) e alguns ônibus da Prefeitura de Vitória e somente às 23h20min passou um ônibus para meu bairro de destino, Laranjeiras na Serra.

Embora eu estivesse na chuva e sinalizado várias vezes para o ônibus 503 (Laranjeiras) o motorista não parou, passando pela faixa do meio direto. Confesso que desejei que aquele infeliz batesse no primeiro poste que aparecesse na frente dele, para que eu, dentro do próximo ônibus que passaria depois dele para o mesmo destino, pudesse rir da cara de dele, pois aquele é um local perigoso. Mas graças a Deus ele é uma pessoa de sorte.

Depois que a raiva passou eu pensei que, por acaso ele pudesse ter passado direto por ter ultrapassado um outro Laranjeiras no percurso e que eu poderia esperar que o outro viria logo atrás, mas nada. Somente 23h40 eu finalmente vi um Laranjeiras (504) lá no final da pista.

Se eu fiquei feliz? Quem me dera. Como o outro motorista já havia passado direto eu comecei a dar sinal com o ônibus mais longe ainda. E podem acreditar, o filho de uma boa mãe que não tem culpa de ter um filho incompetente passou direto e ainda desligou as luzes quando chegou perto de mim, rindo, e também não parou (A placa do ônibus estava Laranjeiras e não Garagem ou Especial como geralmente eles usam quando não estão pegando passageiros).

Nessa hora bateu uma revolta ainda maior. Pensei no quando de imposto agente paga e na quantidade de pessoas desempregadas enquanto aquele, desculpe o termo que vou usar, "DÉBIL MENTAL" fica por ai transportando pessoas no transporte público. E o pior! Pelo quando ele se divertiu em me ver ensopada dando sinal e passando direto. É como se eu estivesse pagando ele pra rir da minha cara.

Continuando... Nesse meio tempo passaram novamente o 500 (Vila Velha) e o 591 (Serra), que devo deixar registrado que os motoristas destas linhas diminuíam a velocidade e ainda piscavam o farol na espera de meu sinal. Alguns ônibus da Prefeitura de Vitória também passaram também no aguardo do meu sinal. Um 503 com placa de GARAGEM também passou nesse meio tempo.

Quando eram 23h50min mais ou menos passou outro 503 (Laranjeiras). E como eu pedi a Deus pra passar o próximo 503 para eu saber se era o último e conseguir saber o horário que o primeiro motorista que passou direto saiu do Terminal de Vila Velha.

Como eu já havia sido deixada no ponto duas vezes eu sinalizei desesperadamente, já chorando e completamente ensopada e o motorista mantinha-se na fila do meio, assim como os outros dois, como quem não fosse parar. Foi então, que eu me ajoelhei... Isso mesmo que você está lendo, EU ME AJOELHEI e juntei as mãos fazendo sinal de PELO AMOR DE DEUS para o motorista parar e ele terminou parando depois da esquina e eu corri desesperada na chuva (Já estava molhada mesmo) para pegar o ônibus chorando muito e humilhada pela situação toda, mas aliviada por já está no ônibus.

Graças a Deus nada me aconteceu naquela avenida deserta por todo o tempo que esperei pelo transporte que até passava, mas se negava a parar.

O mais engraçado foi ter que ouvir a conversa do Motorista e do Cobrador quando entrei chorando no ônibus:

"TAMBÉM. ESTAVA FAZENDO O QUÊ UMA HORA DESSAS NA RUA?" dentre as gargalhadas.

Primeiro que eu estava trabalhando, mas só pra eu tentar entender: Eles estavam me fazendo o favor de parar? E se eu não estivesse trabalhando? Por acaso isso era da conta deles? Humilhada e ainda tendo que dar satisfação da minha vida, porquê se não falo que estou trabalhando ainda passo como uma qualquer no meio as gargalhadas deles.

Se o ponto é perigoso pra eles pararem, imagine pra uma mulher, sozinha, de 24 anos ficar esperando a boa vontade de um motorista parar. Se for perigoso pra eles, que andem com policiamento depois de determinado horário.

Embora para a pessoa que lê este e-mail dê uma vontade enorme de rir por tudo que eu tive que passar para pegar um ônibus, espero, sinceramente, que este depoimento sirva para no mínimo, esses motoristas terem consciência do mau serviço que estão prestando a população.

Infelizmente, como diz o ditado, uma laranja podre estraga todo o cesto.

AS INFORMAÇÕES QUE TENHO SÃO AS SEGUINTES:

Pelos horários que peguei dos últimos ônibus 503 que saem do Terminal de Vila Velha nos dias de semana (No meu caso, ontem, dia 15/04/2008) são:

21:50 / 22:10 / 22:30 / 22:50 / 23:10 / 23:30 / 23:59

Não tenho como identificar o horário do 504 pela tabela do site, pois não sei quantos ônibus desta linha saíram depois do "DÉBIL MENTAL". Mas pelo horário que ele passou acredito que isso possa ser verificado.

Sem mais e na esperança da melhoria da qualidade do serviço de transporte público da Grande Vitória,

--

Lilianna Cardoso.

Você também está rindo, né? Eu sei. Um mocado de gente riu muito de tudo isso. Mas que é revoltante. Aff! Isso é. Muito revoltante.

Bjus pra vocês e deixem o comente (Ou a zuação básica que vai rolar, pra variar).


quinta-feira, 3 de abril de 2008

DEFINIÇÃO DE TEMPO...

Hoje aconteceu uma ótima... Aff! Um amigo me questionou que já estava na hora de eu fazer determinada coisa porque eu já estou na idade e esta passando da hora...

Ainda não estou... conseguindo acreditar em até qual ponto as pessoas conseguem se entrometer na vida dos outros. Tipo, desde quando alguém tem que fazer algo só porque a maioria das pessoas ja fizeram?!? (Ô vontade de soltar um palavrão que me deu...)

Já pensou... o quando de gente fazendo as coisas somente pelo fato de a grande maioria fazer? Eu tenho obrigação de fazer como as outras pessoas sempre? Parece até que sou um ser anormal por ser diferente, por pensar diferente.

Aff! Que Deus me livre de me transformar num ser tão pequeno a esse ponto. Na moral, acho que devem cuidar mais da vida de vocês e deixar a minha que eu defino meu tempo. E quando eu achar que é certo eu farei e pronto.

Se a minha vida... tivesse sido criada para você cuidar, ela não seria minha...

Fui...

Rádio América ES